Universidade Federal de Pelotas
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CADASTRO DE PROJETO DE PESQUISA
 Dados do Projeto
Código: 8.01.06.029
Título do Projeto
Sobre o conhecimento linguístico de L2/LE e sua (inter)relação com o PB como língua materna
Data de cadastro
12/03/2012
Unidade
Departamento
Objetivos
Objetivo geral: - Investigar os mecanismos e processos que subjazem à aquisição de aspectos da morfologia e da fonologia do francês como língua estrangeira/segunda língua por falantes nativos adultos do português brasileiro como língua materna. Objetivos específicos: - Analisar dados da fonologia e da morfologia da L2, o francês, a partir de modernas teorias linguísticas, a saber, a Teoria da Marcação (Calabrese, 2005), a Teoria Autossegmental (Clements e Hume, 1995) e a Teoria da Morfologia Distribuída (Embick e Halle, 2005; Halle e Marantz, 1993, 1994). - Comparar fenômenos linguísticos, distintos ou parcialmente compartilhados, pelo francês e pelo português. - Verificar as possíveis relações existentes entre a morfologia do francês e a do português. - Transcrever dados de dois corpora, de fala e de escrita, de falantes adultos do português brasileiro aprendizes de francês como LE. - Contribuir para a compreensão do processo de aquisição do francês por falantes nativos de português, em contexto formal de aprendizagem. - Trazer subsídios para uma das importantes discussões da linguística aplicada - a interlíngua do aprendiz.
Subárea de conhecimento
8.01.06.00-5 (CNPq)
Grupo de Pesquisa do Coordenador
Línguas em Contato
Prazo de execução
48 meses
Início
18/03/2012
Término
18/03/2016
Fonte financiadora
Valor liberado
R$ 0,00
Coordenador do Projeto
SIAPE Nome E-mail HS
3169111 Cíntia da Costa Alcântara cintiaca@terra.com.br 6
Colaboradores
Nome Instituição HS
Isabella Ferreira MozzilloUFPel2
Ana Maria da Silva CavalheiroCLC/UFPel4
Alunos envolvidos
Unidade Nome Curso HS
FLDouglas de Souza BatistaPrograma de Pós-Graduação em Letras - Mestrado4
FLClarissa de Menezes AmarizPrograma de Pós-Graduação - Mestrado4
Envolve experimentação com modelos animais? - Registro no CEEA:
Envolve experimentos utilizando vírus, microorganismos patogênicos, ou organismos geneticamente modificados?
Possui Certificado de Qualidade em Biossegurança ou em processo de qualificação?



Resumo:

Adquirir ou aprender uma língua, seja língua materna/L1 ou língua estrangeira/segunda língua (L2) é uma tarefa que envolve uma série de complexos mecanismos e processos de ordem linguística. Eis o que respeita à competência linguística. Além disso, o aprendiz deve apreender as regras sociais concernentes à língua alvo, ou seja, a competência comunicativa. Este estudo tem como alvo a aquisição desses mecanismos e processos que subjazem à aquisição de uma LE, o francês, e as possíveis relações entre a língua materna do aprendiz brasileiro, o português, e a língua francesa. Além das relações de cunho linguístico stricto sensu, existem aquelas que importam à produção e compreensão de uma língua estrangeira. Com respeito à língua materna, os aspectos de cunho fonológico, morfológico e sintático, por exemplo, serão dominados com maestria pelos falantes nativos, do que resulta a gramática internalizada. Contudo, no que concerne ao falante nativo adulto de uma determinada língua, a desafiadora empreitada pode ser apenas parcialmente bem-sucedida. Tal raciocínio pode ser aplicado a quaisquer línguas naturais, em se deparando com a realidade de uma L2. Em termos fonético-fonológicos, fazemos nossas as palavras de Calabrese (1995), citando Stampe (1973, p.1), relativamente às estratégias que o aprendiz emprega ao se confrontar com sons desconhecidos, respostas naturais e automáticas dos falantes para dificuldades articulatórias e perceptuais referentes a sons da fala ou sequências de sons apresentadas para seus usuários. Com respeito à morfologia de uma língua, conhecê-la consiste em dominar os mecanismos que dizem respeito à formação das palavras, à sua organização interna. No trabalho ora proposto restringimo-nos, pois, à apreensão da fonologia e da morfologia de língua segunda ou LE – o francês – por falantes nativos do português brasileiro (PB) em contexto formal de aprendizagem. Tal proposta dá sequência a investigações já empreendidas pela pesquisadora quanto à aquisição fonológica do francês como LE por brasileiros (Alcântara, 1998) e quanto à aquisição morfológica do PB, porém esta sendo adquirida como L2 por um falante nativo do francês (Alcântara, 2008).